Grin logo
en de es fr
Shop
GRIN Website
Publish your texts - enjoy our full service for authors
Go to shop › Politics - Other International Politics Topics

Entre civilizações. Brasil, Irã e a retórica da neutralidade

Summary Excerpt Details

Neste ensaio, analisa-se a natureza histórica e simbólica do conflito entre Estados Unidos e Irã, entendido como expressão de duas matrizes civilizatórias distintas – a ocidental moderna, laica e liberal, e a islâmica, fundada na indissociabilidade entre fé, política e cultura. Discute-se o lugar singular do Brasil, que, por sua falta de alinhamento automático com qualquer polo, pode parecer mediador neutro, mas carece da credibilidade e do conhecimento dos códigos civilizacionais em jogo. A experiência do Acordo de Teerã (2010) sob Lula ilustra tanto o ideal de pacificação quanto os limites práticos de uma diplomacia “sobre o muro”. Conclui-se que a política externa exige leitura histórica aprofundada, prudência estratégica e sensibilidade aos antagonismos culturais, pois, em disputas milenares, a retórica da neutralidade pode se revelar ingênua e até perigosa.

Excerpt


Resumo

Neste ensaio, analisa-se a natureza histórica e simbólica do conflito entre Estados Unidos e Irã, entendido como expressão de duas matrizes civilizatórias distintas – a ocidental moderna, laica e liberal, e a islâmica, fundada na indissociabilidade entre fé, política e cultura. Discute-se o lugar singular do Brasil, que, por sua falta de alinhamento automático com qualquer polo, pode parecer mediador neutro, mas carece da credibilidade e do conhecimento dos códigos civilizacionais em jogo. A experiência do Acordo de Teerã (2010) sob Lula ilustra tanto o ideal de pacificação quanto os limites práticos de uma diplomacia “sobre o muro”. Conclui-se que a política externa exige leitura histórica aprofundada, prudência estratégica e sensibilidade aos antagonismos culturais, pois, em disputas milenares, a retórica da neutralidade pode se revelar ingênua e até perigosa.

Palavras-chave: Brasil; Irã; neutralidade diplomática; civilizações; política externa.

Abstract

This essay analyzes the historical and symbolic nature of the conflict between the United States and Iran, understood as an expression of two distinct civilizational matrices — the modern, secular, liberal Western matrix and the Islamic matrix, founded on the inseparability of faith, politics, and culture. The singular position of Brazil is discussed: lacking automatic alignment with any global power bloc, the country may appear to be a neutral mediator but lacks the credibility and in-depth knowledge of the civilizational codes at stake. The experience of the Tehran Agreement (2010) under President Lula illustrates both the ideal of pacification and the practical limits of “sitting-on-the-fence” diplomacy. The essay concludes that foreign policy demands deep historical awareness, strategic prudence, and sensitivity to cultural antagonisms, as in millennia-old disputes, the rhetoric of neutrality may prove naive — or even dangerous.

Keywords: Brazil; Iran; diplomatic neutrality; civilizations; foreign policy.

ENTRE CIVILIZAÇÕES: BRASIL, IRÃ E A RETÓRICA DA NEUTRALIDADE

Leidimar Pereira Murr1

Abb. in Leseprobe nicht enthalten

A expressão popular “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher” costuma circular no imaginário brasileiro como forma de resignação ou autopreservação diante de conflitos que envolvem vínculos afetivos e complexidade interna. Quando transposta ao cenário das relações internacionais, revela, com precisão irônica, a fragilidade de certas iniciativas diplomáticas que pretendem interferir em disputas cujo enraizamento histórico, simbólico e civilizacional transcende o mero campo da política de Estado.

A tensão entre os Estados Unidos e o Irã, por exemplo, não é nova – tampouco superficial. Trata-se de uma disputa milenarmente simbolizada entre dois modelos de mundo: o da civilização ocidental moderna, laica e liberal, e o da cosmovisão islâmica, que amalgama fé, política e cultura em uma totalidade indivisível2. Embora o ideário islâmico venha sendo contestado em seu próprio seio – inclusive por parcelas significativas da juventude iraniana e de países vizinhos –, a matriz simbólica que o sustenta permanece viva, ativa e poderosa. Manifesta-se tanto na linguagem religiosa quanto nas decisões estratégicas de governos, do uso do tempo e do espaço, na estruturação da família e nas relações com o Ocidente.

O Brasil, nesta disputa, não se posiciona como parte de nenhum dos polos em conflito. Não é reconhecido como agente ocidental nem tampouco como representante de valores islâmicos. Essa neutralidade de origem poderia – ao menos teoricamente – conferir-lhe a possibilidade de mediar, sugerir, costurar saídas diplomáticas. Mas há um abismo entre a neutralidade aparente e a credibilidade efetiva no jogo da política internacional.

O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante seu segundo mandato, ensaiou um papel de mediador global, especialmente quando se propôs a atuar como interlocutor entre os estados Unidos, o Irã e outra potências, em episódios como o Acordo de Teerã (2010)3. A tentativa, embora inspirada por princípios nobres de soberania, autodeterminação e busca pela paz, revelou mais sobre a visão interna do Brasil sobre si mesmo do que sobre sua real capacidade de interferência global. Em outras palavras, o Brasil projetou sua imagem idealizada sobre um palco onde os atores principais atuam em um código próprio, fundado em lógica de poder, alinhamento e antagonismo histórico.

Na linguagem que predomina nos bastidores do Oriente Médio, vale mais o princípio do antagonismo do que o da neutralidade. Em muitas circunstâncias, prevalece o código tácito: quem não é por mim, é contra mim. Não há espaço para uma diplomacia que deseje permanecer sobre o muro, como é comum na política doméstica brasileira, onde muros e muretas constituem uma espécie de arquitetura moral que permite transitar entre posições sem aderir a nenhuma.

O Irã, mesmo sob a liderança reformista e mais moderada de Hassan Rouhani4, não é um país que funcione sob os mesmos matizes de ambiguidade que predominam no Brasil. Seu posicionamento internacional é marcado por afirmação e resistência, por tensão e cálculo histórico, e não por hesitações performáticas.

Por isso mesmo, quando o Brasil se apresenta – com sua retórica pacificadora e voluntarismo diplomático – como interveniente em um conflito que se alimenta de memórias milenares, corre o risco de transformar-se em caricatura de si mesmo. Tal qual uma criança que, encantada pela beleza selvagem, se aproxima demais da jaula do leão, o Brasil parece não medir a densidade do perigo nem a gravidade do momento. E como dizem os antigos: criança às vezes cega a gente. A sua ingenuidade ousada, combinada à falta de discernimento quanto à natureza do perigo, pode colocar em risco não apenas a si mesma, mas os que a acompanham, direta ou indiretamente.

A política externa exige mais do que boa vontade. Requer leitura histórica, prudência estratégica e compreensão profunda dos códigos de cada civilização. A dança dos leões não é lugar para acrobacias infantis. E a política entre Estados, como a velha política doméstica, não perdoa os que confundem gentileza com força.

Between Civilizations: Brazil, Iran and the Rhetoric of Neutrality

Leidimar Pereira Murr

The popular expression “when husband and wife argue, no one should meddle” often circulates in Brazilian everyday speech as a form of resignation or self-preservation in conflicts that involve emotional bonds and internal complexity. When transposed to the realm of international relations, it ironically reveals the fragility of certain diplomatic initiatives that aim to interfere in disputes whose historical, symbolic, and civilizational roots transcend mere state politics.

The tension between the United States and Iran, for instance, is neither new nor superficial. It embodies a dispute long symbolized by two worldviews: that of modern, secular, liberal Western civilization, and that of the Islamic cosmovision, which melds faith, politics, and culture into an indivisible totality. Although the Islamic ideal is itself contested—among significant segments of Iranian youth and neighboring countries—the symbolic matrix that sustains it remains vivid, active, and powerful. It manifests in religious discourse, strategic government decisions, the use of time and space, family structures, and relations with the West.

In this dispute, Brazil does not align itself with either pole. It is neither recognized as a Western agent nor as a bearer of Islamic values. Such innate neutrality could—at least theoretically—afford it the possibility to mediate, propose, and weave diplomatic solutions. Yet there is a chasm between apparent neutrality and effective credibility in the arena of international politics.

Then-President Luiz Inácio Lula da Silva, during his second term, attempted a role as global mediator, particularly when he positioned Brazil as an interlocutor between the United States, Iran, and other powers in episodes like the Tehran Agreement (2010). Although inspired by noble principles of sovereignty, self-determination, and the pursuit of peace, the attempt revealed more about Brazil’s self-image than about its real capacity for global influence. In other words, Brazil projected its idealized image onto a stage where the principal actors operate by their own code—one based on power, alignment, and historical antagonism.

In the backstage language of the Middle East, antagonism often outweighs neutrality. In many circumstances, the tacit code prevails: “If you are not with me, you are against me.” There is no room for diplomacy that wishes to sit on the fence—common in Brazilian domestic politics, where walls and mounds constitute a moral architecture allowing one to shift positions without fully committing to any.

Iran, even under the more reformist and moderate leadership of Hassan Rouhani, does not operate under the same shades of ambiguity that predominate in Brazil. Its international stance is marked by assertion and resistance, by historical tension and calculation—not by performative hesitation.

For this reason, when Brazil presents itself—with its pacifying rhetoric and diplomatic voluntarism—as an intervener in a conflict fueled by millennia-old memories, it risks becoming a caricature of itself. Like a child drawn too close to a lion’s cage by its wild beauty, Brazil seems oblivious to the density of the danger and the gravity of the moment. And as the ancients say: “A child can sometimes be blinding.” Its daring naiveté, combined with a lack of discernment about the nature of the threat, can endanger not only itself but also those who accompany it, directly or indirectly.

Foreign policy demands more than goodwill. It requires historical literacy, strategic prudence, and a deep understanding of each civilization’s codes. The lion’s dance is no place for childish acrobatics. And statecraft, like old-style domestic politics, does not forgive those who mistake gentleness for strength.

Entre civilizaciones: Brasil, Irán y la retórica de la neutralidad

Leidimar Pereira Murr

La expresión popular “en pelea de marido y mujer, nadie debe meter las narices” suele circular en el imaginario brasileño como forma de resignación o autopreservación frente a conflictos que involucran vínculos afectivos y complejidad interna. Cuando se traslada al terreno de las relaciones internacionales, revela con irónica precisión la fragilidad de ciertas iniciativas diplomáticas que pretenden intervenir en disputas cuyas raíces históricas, simbólicas y civilizacionales trascienden el mero juego de la política estatal.

La tensión entre Estados Unidos e Irán, por ejemplo, no es ni nueva ni superficial. Se trata de una disputa largamente simbolizada entre dos modelos de mundo: el de la civilización occidental moderna, laica y liberal, y el de la cosmovisión islámica, que amalgama fe, política y cultura en una totalidad indivisible. Aunque el ideal islámico está siendo cuestionado en su propio seno —incluso por amplios sectores de la juventud iraní y de países vecinos—, la matriz simbólica que lo sustenta permanece viva, activa y poderosa. Se manifiesta tanto en el lenguaje religioso como en las decisiones estratégicas de los gobiernos, en el uso del tiempo y del espacio, en la estructura de la familia y en las relaciones con Occidente.

En esta disputa, Brasil no se alinea con ninguno de los polos. No es reconocido ni como agente occidental ni como representante de valores islámicos. Esta neutralidad originaria podría —al menos en teoría— otorgarle la posibilidad de mediar, proponer y tejer soluciones diplomáticas. Sin embargo, existe un abismo entre la neutralidad aparente y la credibilidad efectiva en el ámbito de la política internacional.

El entonces presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante su segundo mandato, ensayó un papel de mediador global, especialmente cuando se propuso actuar de interlocutor entre Estados Unidos, Irán y otras potencias en episodios como el Acuerdo de Teherán (2010). El intento, aunque inspirado en principios nobles de soberanía, autodeterminación y búsqueda de la paz, reveló más sobre la visión interna de Brasil sobre sí mismo que sobre su real capacidad de influencia global. En otras palabras, Brasil proyectó su imagen idealizada en un escenario donde los actores principales operan con un código propio, fundado en la lógica del poder, el alineamiento y el antagonismo histórico.

En el lenguaje que predomina entre bambalinas en Oriente Medio, prima más el antagonismo que la neutralidad. En muchas ocasiones, impera el código tácito: “Quien no está conmigo, está contra mí.” No hay espacio para una diplomacia que desee mantenerse en la valla, como es común en la política doméstica brasileña, donde muros y tapias constituyen una arquitectura moral que permite transitar entre posiciones sin adherirse a ninguna.

Irán, incluso bajo el liderazgo reformista y más moderado de Hassan Rouhani, no es un país que funcione bajo los mismos matices de ambigüedad que predominan en Brasil. Su posición internacional se caracteriza por la afirmación y la resistencia, por la tensión histórica y el cálculo, y no por vacilaciones performativas.

Por ello, cuando Brasil se presenta —con su retórica pacificadora y voluntarismo diplomático— como actor en un conflicto alimentado por memorias milenarias, corre el riesgo de convertirse en caricatura de sí mismo. Al igual que un niño que, fascinado por la belleza salvaje, se acerca demasiado a la jaula del león, Brasil parece no medir la densidad del peligro ni la gravedad del momento. Y como decían los antiguos: “a veces la ceguera del niño nos enceguece a nosotros.” Su osada ingenuidad, combinada con la falta de discernimiento sobre la naturaleza de la amenaza, puede poner en riesgo no solo a sí mismo, sino también a quienes lo acompañan, directa o indirectamente.

La política exterior exige más que buena voluntad. Requiere lectura histórica, prudencia estratégica y comprensión profunda de los códigos de cada civilización. La danza de los leones no es lugar para acrobacias infantiles. Y la diplomacia entre Estados, al igual que la vieja política doméstica, no perdona a quienes confunden la ternura con la fuerza.

Zwischen Zivilisationen: Brasilien, Iran und die Rhetorik der Neutralität

Leidimar Pereira Murr

Der populäre Ausdruck „Bei einem Streit zwischen Mann und Frau soll sich niemand einmischen“ kursiert im brasilianischen Alltag oft als Form der Resignation oder Selbstbewahrung angesichts von Konflikten, die emotionale Bindungen und innere Komplexität beinhalten. Auf die internationalen Beziehungen übertragen, offenbart er mit ironischer Präzision die Fragilität mancher diplomatischer Initiativen, die in Auseinandersetzungen eingreifen wollen, deren historische, symbolische und zivilisatorische Wurzeln das bloße Feld staatlicher Politik weit überschreiten.

Die Spannung zwischen den Vereinigten Staaten und dem Iran ist weder neu noch oberflächlich. Sie steht für einen seit langem symbolisierten Wettstreit zwischen zwei Weltbildern: dem modernen, säkularen, liberalen Westen und der islamischen Kosmovision, die Glauben, Politik und Kultur zu einer untrennbaren Einheit verschmilzt. Auch wenn das islamische Ideal in seinem eigenen Inneren infrage gestellt wird – unter anderem von bedeutenden Teilen der iranischen Jugend und benachbarten Ländern – bleibt die symbolische Matrix, die es trägt, lebendig, aktiv und mächtig. Sie äußert sich sowohl in religiöser Sprache als auch in strategischen Regierungsentscheidungen, in der Nutzung von Zeit und Raum, in der Familienstruktur und in den Beziehungen zum Westen.

In diesem Konflikt ordnet sich Brasilien keinem der Pole zu. Es wird weder als westlicher Akteur noch als Vertreter islamischer Werte wahrgenommen. Diese angeborene Neutralität könnte – theoretisch zumindest – dem Land ermöglichen, zu vermitteln, Vorschläge zu machen und diplomatische Lösungen zu schmieden. Zwischen scheinbarer Neutralität und tatsächlicher Glaubwürdigkeit auf der internationalen Bühne klafft jedoch eine tiefe Lücke.

Der damalige Präsident Luiz Inácio Lula da Silva versuchte in seiner zweiten Amtszeit eine Rolle als globaler Vermittler, insbesondere als er sich in Episoden wie dem Teheraner Abkommen (2010) als Gesprächspartner zwischen den USA, dem Iran und anderen Mächten anbot. Dieser Versuch, so edel er in den Prinzipien der Souveränität, Selbstbestimmung und Friedenssuche verwurzelt war, offenbarte mehr über Brasiliens Selbstbild als über seine tatsächliche Fähigkeit zu globalem Einfluss. Anders gesagt projizierte Brasilien sein idealisiertes Bild auf eine Bühne, auf der die Hauptakteure nach eigenen Regeln agieren – Regeln, die auf Macht, Bündnispolitik und historischem Antagonismus beruhen.

In der Hinterhofsprache des Nahen Ostens wiegt Antagonismus oft schwerer als Neutralität. Häufig dominiert der unausgesprochene Grundsatz: „Wer nicht mit mir ist, ist gegen mich.“ Es gibt keinen Raum für eine Politik, die auf Neutralität setzt – im Gegensatz zur brasilianischen Innenpolitik, in der Mauern und Barrieren eine moralische Architektur bilden, die das Wechseln zwischen Positionen ohne verbindliche Verpflichtung erlaubt.

Der Iran, selbst unter der reformorientierten und gemäßigten Führung Hassan Rouhanis, operiert nicht unter den zweideutigen Nuancierungen, wie sie in Brasilien üblich sind. Seine internationale Haltung ist geprägt von Beharrlichkeit und Widerstand, von historischer Spannung und Kalkül – nicht von performativer Zögerlichkeit.

Deshalb läuft Brasilien, wenn es sich mit seiner pazifizierenden Rhetorik und seinem diplomatischen Aktivismus in einen Konflikt einbringt, der von jahrtausendealten Erinnerungen genährt wird, Gefahr, zur Karikatur seiner selbst zu werden. Wie ein Kind, das sich von der wilden Schönheit eines Löwenkäfigs angezogen fühlt und sich ihm zu nahe wagt, scheint Brasilien die Dichte der Gefahr und die Schwere des Moments nicht zu begreifen. Und wie die Alten sagen: „Die Blindheit des Kindes kann uns manchmal blind machen.“ Seine wagemutige Naivität, gepaart mit fehlendem Gespür für die Beschaffenheit der Bedrohung, kann nicht nur sich selbst, sondern auch diejenigen gefährden, die es begleiten, direkt oder indirekt.

Außenpolitik verlangt mehr als bloßen guten Willen. Sie erfordert historisches Verständnis, strategische Vorsicht und ein tiefgehendes Gespür für die Codes jeder Zivilisation. Der Tanz der Löwen ist kein Ort für kindliche Akrobatik. Und wie die alte Innenpolitik verzeiht auch die Diplomatie zwischen Staaten nicht denen, die Sanftmut mit Stärke verwechseln.

[...]


1 Leidimar Pereira Murr é médica e advogada, Doutora em Bioética pela Eberhard Karls Universität Tübingen, Alemanha, onde integrou o Colégio de Doutorandos do Internationales Zentrum für Ethik in den Wissenschaften (IZEW). Professora e escritora, desenvolve reflexões críticas nas áreas da saúde, bioética e direito, com enfoque interdisciplinar. Foi responsável por uma das primeiras experiências sistemáticas de ensino da Bioética na Universidade Federal do Rio grande do Norte. Na filosofia jurídica e na análise política encontra um campo fértil para o pensamento e a ação.

2 HUNTINGTON, Samuel P. O choque de civilizações e a recomposição da ordem mundial. Trad. M. H. C. Cortês. Rio de Janeiro: Objetiva, 1997. Disponível em: https://www.academia.edu/35994713/Huntington_Samuel_O_Choque_de_Civiliza%C3%A7%C3%B5es. Acesso em 20/06/2025.

3 Sobre o acordo de Teerã e a mediação de Lula, Cf. Folha de São Paulo, 2010. FOLHA DE SÃO PAULO. Irã aceita acordo nuclear, afirma Amorim. São Paulo, 17 maio 2010. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft1705201001.htm. Acesso em 20/06/2025.

4 Cf. PARSI, Trita. Losing na Enemy: Obama, Iran and the Triumph of Diplomacy. New Haven: Yale University Press, 2017.

Excerpt out of 8 pages  - scroll top

Buy now

Title: Entre civilizações. Brasil, Irã e a retórica da neutralidade

Essay , 2025 , 8 Pages

Autor:in: Leidimar Murr (Author)

Politics - Other International Politics Topics
Look inside the ebook

Details

Title
Entre civilizações. Brasil, Irã e a retórica da neutralidade
Author
Leidimar Murr (Author)
Publication Year
2025
Pages
8
Catalog Number
V1597048
ISBN (PDF)
9783389137390
Language
Portuguese
Tags
Brasil; Irã; Neutralidade diplomática; Civilizações: Política externa
Product Safety
GRIN Publishing GmbH
Quote paper
Leidimar Murr (Author), 2025, Entre civilizações. Brasil, Irã e a retórica da neutralidade, Munich, GRIN Verlag, https://www.grin.com/document/1597048
Look inside the ebook
  • Depending on your browser, you might see this message in place of the failed image.
  • Depending on your browser, you might see this message in place of the failed image.
  • Depending on your browser, you might see this message in place of the failed image.
  • Depending on your browser, you might see this message in place of the failed image.
  • Depending on your browser, you might see this message in place of the failed image.
  • Depending on your browser, you might see this message in place of the failed image.
  • Depending on your browser, you might see this message in place of the failed image.
  • Depending on your browser, you might see this message in place of the failed image.
  • Depending on your browser, you might see this message in place of the failed image.
Excerpt from  8  pages
Grin logo
  • Grin.com
  • Payment & Shipping
  • Contact
  • Privacy
  • Terms
  • Imprint